As pessoas andando rápido sem muito olhar para os lados denunciava que poucos eram os turistas de primeira viagem naquele corredor. O cheiro peculiar e seco, a falta de lojinhas no aeroporto e de qualquer adorno nas paredes
mostrava que seriam dias de simplicidade.
As malas demoraram muito para aparecer na esteira e o nervosismo conseguia apertar ainda mais. Os policiais com seus cachorros num canto da sala denunciava que entrar naquele país seria muito difícil se portássemos algo que não os agradassem.
Duas pesadas malas (agradeço a quem teve a brilhante idéia de colocar rodinhas nessas malas de viagem) e um espanhol patético nos acompanharam ao guiche. Cubano mal encarado não gostou do meu inglês. Perguntou o que eu fazia ali, quanto tempo ficaria e até onde me hospedaria. Perguntas freqüentes mas assustadoras quando somos olhados no fundo dos olhos por quem só quer uma brecha para te brecar.
Foi nessa hora que a vergonha teve que ser esquecida e o portunhol ser aceito como língua oficial.
Foi aí que recebi um sorriso e finalmente o primeiro "Bienvenida a Cuba" sincero.
3 Comments
Brisa
7/16/2008 07:09:51 am
hahaha imagino que a sua cara de japoronga e falando inglês não deve mesmo ter agradado nada... Mas os brasileiros sempre são bem recebidos! hehehehe
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7/16/2008 07:37:37 am
Como assim portunhol??
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Sabrina
7/16/2008 11:42:15 pm
Aposto que você ficou vermelha....rsrsrs
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Cuba é muito mais do que uma ilha caribenha, é muito mais do que a ilha de Fidel e Raul Castro e, principalmente, é muito mais do que um país nomeado como socialista. Após duas viagens ao pequenino país, Silvia Song tenta relatar um pouco sobre o que viu e o que experimentou em meio àquela cultura. Archives
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